A Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, apelou esta quarta-feira, dia 13 de maio, a esclarecimentos sobre a realização de testes de despistagem e controlo à Covid-19.
A Autarca referiu numa Conferência de Imprensa, realizada no Salão Nobre dos Paços de Concelho, a existência de “falhas graves na resposta das Autoridades de Saúde”. Em causa está a falta comunicação no que respeita aos testes de despistagem aos agentes das Forças de Segurança e da Proteção Civil, aos Bombeiros Voluntários e às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
“As nossas preocupações são legítimas e são de todos os que diariamente sentem as fragilidades dos mais vulneráveis da nossa população marcuense, como os Bombeiros Voluntários, a Cruz Vermelha, a Segurança Social e as Juntas de Freguesia. Mas também das direções das nossas IPSS que têm a seu cargo centenas de utentes, de maior fragilidade e não têm tido apoio e atenção das autoridades de saúde, como era expectável numa situação de emergência nacional, despoletada por um problema de saúde pública”, salientou Cristina Vieira.
Durante a Conferência, que reuniu os membros da Subcomissão de Acompanhamento da Epidemia de SARS-CoV-2 da Comissão Municipal de Proteção Civil do Marco de Canaveses, a Presidente expôs aos jornalistas os vários pedidos de informação, sobre o plano de testes realizados, ao Diretor Executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Tâmega I – Baixo Tâmega, Avelino Bastos, aos quais não obteve resposta.
Desde a criação do centro de rastreio para a despistagem da Covid-19, no Estádio Municipal do Marco de Canaveses, a funcionar desde o dia 21 de abril, o Concelho passou a ter capacidade para a realização de 150 testes diários. No entanto, “sabemos que estão a ser feitos apenas 30 a 40 por dia”, referiu Cristina Vieira. “Esta situação é incompreensível para os marcuenses. Queremos respostas no que respeita a ainda não terem sidos testados os cerca de 160 colaboradores das IPSS de todo o Concelho, que têm prestado o apoio domiciliário e outras atividades, e os cerca de 700 utentes”.
À falta de comunicação por parte das Autoridades de Saúde Local a Autarquia Marcuense convocou uma nova reunião para o dia 12 de maio. Contudo, um dia antes da sua realização a Presidente foi informada, via email, que Valéria Arantes, Delegada de Saúde concelhia enquanto Autoridade de Saúde do ACeS do Tâmega I – Baixo Tâmega, se retirava da Subcomissão de Acompanhamento da Epidemia.
“Neste contexto de especial gravidade e complexidade, acresce o imperativo de evidenciar, inequivocamente que, se a participação da Autoridade de Saúde Local nos trabalhos da Subcomissão é essencial a sua participação e disponibilidade permanente para as missões e reuniões da Comissão Municipal de Proteção Civil não é facultativa, mas obrigatória”, frisou a Presidente do Município.
Cristina Vieira referiu ainda que “a Câmara Municipal do Marco de Canaveses continua inequivocamente a apoiar as Autoridades de Saúde, mas exigimos respostas formais e consequentes aos problemas concretos do Concelho, e que colocamos sempre à Autoridade de Saúde Local, ao ACeS do Baixo Tâmega e à Administração Regional de Saúde do Norte”.